Continuamos com nossa série de entrevistas para auxiliar o jovem na escolha de uma profissão, hoje o profissional de História.
É um eterno curioso, às vezes me vejo como uma investigadora sempre procurando descobrir alguma nova informação que possa sustentar minha pesquisa. Estudar o homem no tempo é nosso ofício.
Quais são suas áreas de atuação, hoje?
Hoje trabalho como historiadora no CCJ, mas já trabalhei como professora no ensino fundamental e médio por quase dez anos. Tanto no ensino público como na rede privada de educação.
Minhas funções atuais estão mais ligadas à pesquisa e ao setor cultural do CCJ, o conteúdo da visita guiada também sou eu quem passa para as monitoras.
Por que o curso de História está pouco a pouco, sendo retirado da grade de muitas faculdades?
Acho que pensar incomoda, na verdade acredito que de forma geral a desvalorização do professor em nosso país, tem contribuído significativamente para o desinteresse pela profissão, e o número inexpressivo de historiadores que estão trabalhando com História fora das salas de aula, também não tem animado aos vestibulandos.
Como você descobriu que queria ser historiadora?
Comecei fazendo o curso de Letras, ainda no primeiro ano assisti a uma aula de História e não voltei mais pra Letras, fiz minha transferência e não me arrependo.
A profissão é bem remunerada?
Sem dúvida que poderia ser melhor.
Quais são as vantagens e desvantagens da profissão?
Vantagem é de você fazer o que gosta, exercer sua vocação. Desvantagens é que muitas pessoas olham para o historiador e acha que ele tem que saber de tudo, e quando falo tudo é tudo mesmo, isso realmente é chato. Além do salário do professor de História.
Que conselho você daria a um jovem que pensa em cursar História?
Diria que pense bem se está disposto a baixos salários, e a estar sempre estudando. Se chegar a conclusão que realmente é isso que deseja fazer, seja bem-vindo, História é fascinante.